de uma nau sem rumo
Sou chefe
de uma tribo que sucumbe
Sou Lua
numa noite sem estrelas
Sou o Sol
no lusco-fusco da vida
Sou a porta
de um castelo em ruínas
Sou as cartas
de um jogador vencido
Sou o dono
de terras secas e áridas
Sou o eco
perdido entre as montanhas
Sou menino
entre um bando de selvagens
Sou um sino
que toca sem ser ouvido
Sou poeta
de livros q não são lidos
Sou arbusto
em meio a árvores frondosas
Sou pequeno
ante gigantes astutos
Sou moinho
de roda que não mais gira
Sou louco
numa multidão sadia
Sou página
virada sem ter sido lida
Sou adulto
entre crianças que brincam!
Sou tudo isso e muito mais...
mas sei que tenho meu lugar ao Sol
com direito de ser o que sou!
Doro-Viçosa ( 09\09\91 )
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