sábado, 8 de janeiro de 2011

Inversão do pólo magnético da Terra

O Norte Magnético do nosso planeta está lentamente se movendo cerca de 60 km por ano em direção à Rússia — e nenhum cientista sabe explicar exatamente por que isso acontece. Arnaud Chulliat, geofísico do Instituto de Física do Globo de Paris, afirma que existe uma misteriosa força magnética que está empurrando o Norte magnético para um novo local. Segundo o pesquisador, a força vem do fluxo do centro ferro derretido que forma nosso planeta, de onde surge o campo magnético.

Enquanto isso, cientistas têm evidências de que o centro magnético do planeta se inverte a cada 300 mil anos (norte vira sul, sul vira norte). O detalhe é que a última mudança ocorreu a cerca de 780 mil anos, o que pode significar que uma nova mudança é iminente. Cientistas já descobriram que a força do campo magnético do planeta diminuiu muito nos últimos dois séculos – um fato que faz com que alguns especialistas acreditem que o campo poderia desaparecer completamente nos próximos mil anos. Outros cientistas acreditam que isso se deve simplesmente a flutuações no campo.

Se a primeira teoria se concretizar, o processo terá conseqüências catastróficas sobre a civilização humana e à natureza. Sem um campo magnético, nada nos protegerá das radiações que vêm do espaço, e o clima ficaria completamente maluco – e o sol queimaria todos os nossos serviços de navegação e de comunicação, além de fritar todos nós. Além disso, milhares de espécies animais que migram ficariam completamente perdidas, o que afetaria várias cadeias alimentares em todo o mundo.
[National Geographic]

sábado, 1 de janeiro de 2011

O DESAFIO DO CORAÇÃO

Nas sociedades tradicionais, o casamento arranjado era a norma e se baseava em considerações da família, status, saúde, etc. Tratava-se mais de uma aliança entre famílias do que entre indivíduos. Servia para preservar a linhagem e as propriedades familiares e para que as crianças conhecessem seu lugar na rede social. Nenhuma sociedade tradicional considerava os sentimentos indivíduais de amor espontâneo como base válida para relacionamentos duradouros entre um homem e uma mulher.
Mais do que isso, nenhuma sociedade anterior tentou, muito menos conseguiu, unir amor romântico, sexo e casamento em uma única instituição.
A cultura grega unia sexo e casamento, mas reservava o amor romântico para as relações entre os homens e rapazes.
No amor cortês do século 12, do qual provêm nossos ideais sobre o romance, o amor entre homem e mulher estava oficialmente separado do casamento.
No século 19 os vitorianos tiveram o vislumbre do casamento com base em padrões românticos. Mas o sexo era excluído: a mulher era considerada doente se sentisse desejo ou prazer. O prazer do sexo ficava relegado aos prostíbulos.
Só muito recentememte passou-se a acreditar que amor, sexo e casamento devem ser concentrados em uma mesma pessoa. Somos os primeiros a reunir o amor romântico, a paixão sexual e o compromisso conjugal monogâmico em um só acordo. Segundo Margaret Mead, essa é uma das formas de união mais difícil que o gênero humano já criou.

( John Welwood )