quarta-feira, 28 de julho de 2010

Estrada

Quanta poeira no rosto já respirei
nas estradas mal acabadas que andei
quantas curvas em estradas contornei
e mil voltas que eu dei equivalendo
a várias circunferências da Terra
quantas pessoas passaram por mim
e eu as passei também, ora bolas,
esfericidade de um eterno retorno
onde quase nada aprendi, não sei
pois quando se corre vê-se pouco
a poeira cobre os nossos olhos
as curvas e os buracos nos tiram
toda uma atenção dos detalhes
que talvez seriam as respostas
de perguntas que temos feito
quantas paradas fiquei inerte
ao olhar o vazio e analizar
se oportunidades deveras perdi
ou se deveria ser dessa forma
agora a mim me resta pensar
ao contornar tanto obstáculo
que hoje me encontro perdido
em meio a tanta poeira
e de volta ao mesmo lugar !!!

DORO-VÇS-28/07/2010